quarta-feira, 17 de abril de 2019

A Serenidade é uma florzinha fresca, fina e resistente. 
Sustenta o aroma, a vivacidade e o entusiasmo da vida. Germina devagar, devagarinho, tropeça em qualquer pequeno atropelo, estremece à brisa mais leve. Se for doce resiste, se for vil tem vida breve. Mas sempre se renova e volta a impor. E, se consegue, supera tudo! Os ventos mais agitados, os tumultos mais negros, os corações mais irados, os momentos mais sombrios. 
Alia-se ao sol e marca presença todos os dias. Compete com a Lua, e brilha de noite durante os sonos. Acorda feliz. Sorridente e preparada para viver todos os dias, um após o outro, sem aflição nem arrepio. Torna a Vida mais desejada, faz os dias prazeirosos, desenha Pessoas mais tranquilas e,... irradia. Irradia tanto que se alimenta a si mesma, do Bem que derrama sobre os Outros. E confirma a lei do retorno. Recebe de volta tudo o que semeia! E a colheita pode ser generosa.
No escondidinho do meu ínfimo receio, já envergonhado, murmura a dúvida enfraquecida: - "Em que medida posso ter sido uma boa semente?" A Serenidade que agora valido, responde confiante e arrojada:
- Brevemente será tão forte como uma árvore enraizada!

M Isabel Almeida



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