O rato do campo convidou para almoçar o seu parente, o rato
da cidade. A sua toca ficava num tronco de uma azinheira e mal lá chegaram uma
bolota caiu na cabeça do convidado.
Para comer havia uma sopa de ervas que, para o rato do
campo, parecia deliciosa. O rato da cidade habituado a manjares mais finos,
suava ao comê-la.
O rato do campo não queria ir, mas o parente pôs-lhe o boné
na cabeça e arrastou-o para a agitada cidade.
Uma vez lá quase foram esborrachados, mas o rato da cidade
não parecia ver qualquer perigo.
- Provarás o presunto que tenho na adega – dizia.
De facto, a adega
estava cheia de coisas boas e do teto pendia um aromático presunto, mas para o
comer era preciso roer a corda e fazê-lo cair.
O rato da cidade subiu agilmente para a corda e roeu-a. O
presunto caiu no chão, causando um grande susto ao primo do campo.
Mas o estrondo também foi ouvido pelo dono do presunto, que
apareceu na adega com o seu gato.
O rato do campo não hesitou e saiu disparado por um buraco.
O rato do campo correu para a sua toca, a pensar que sabia
melhor uma sopa comida tranquilamente no campo do que todos os manjares do
mundo.
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